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Foto: Reprodução |
A conclusão do inquérito sobre a morte do médico Denirson Paes aponta para um relacionamento extraconjugal entre ele e a filha de uma paciente que o cardiologista conheceu na clínica em que trabalhava, em 2007. De acordo com as investigações da Polícia Civil de Pernambuco, que apresentou o documento à imprensa nesta sexta-feira (31), eles passaram a se relacionar em 2009 e acabaram o caso quando a amante descobriu que Denirson era casado.
No dia em que aconteceu o crime, a esposa, a farmacêutica Jussara Paes, teria acessado fotos íntimas da amante com o marido. Após a descoberta, a esposa, segundo a polícia, premeditou o crime. No dia 18 de junho, dois dias antes de registrar o Boletim de Ocorrência do suposto desaparecimento de Denirson, Jussara foi ao apartamento para montar uma cena em que testemunhas encontrassem em uma maleta fotos do médico com a amante.
Segundo a polícia, o relacionamento entre Denirson e a amante foi retomado em 2013 e se manteve por cinco anos ininterruptos, até o assassinato do médico. Celulares e computadores passaram por perícia, assim como o local do crime. O inquérito confirmou que Denirson foi morto dentro de casa por asfixia e depois foi esquartejado com uma serra na área da piscina da casa.
No dia 29 de maio, em meio à paralisação dos caminhoneiros, Denirson entrou em contato pela última vez com a amante na fila de um posto de gasolina e prometeu falar em outro momento. Ela tentou falar novamente com o médico nos dias 30 e 31, mas sem sucesso. Depois disso, o sinal do celular sumiu. “Não tenho dúvida da participação dos dois [Jussara e Danilo]. Tanto pelas provas técnicas quanto pelo comportamento”, afirmou a diretora de Polícia Científica da Polícia Civil, Sandra Santos.
O crime foi premeditado e o cachorro da família, aponta o inquérito, foi importante para a descoberta da dinâmica do assassinato. Jussara teria dito que o animal estava sangrando e que teria se machucado ao fugir. Daniel Paes, o outro filho, falou em depoimento que ele estava espumando e tremendo, sinal típico de envenenamento.
A polícia acredita que Danilo sofre muito de uma dependência da mãe e que é dominado por ela. No entanto, ainda não é possível afirmar se Danilo participou da preparação, mas se sabe que é preciso de força pra esganar o pescoço de um homem e esquartejar. "A dedução mais óbvia é que dos dois, foi o mais forte", afirmou o chefe da Polícia Civil, Joselito Kerhle do Amaral.
Fonte: Folha de Pernambuco
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