Idosa de 104 anos atribui vida longa ao cachimbo que fuma todos dias

Dona Rosa tem 104 anos e gosta de ficar sentada olhando o movimento da rua (Foto: Nicholas Modesto)
(Foto: Nicholas Modesto)

Rosa Maria da Mata já viu muitas coisas acontecerem ao longo dos seus 104 anos. Hoje, ela observa tranquilamente a vida passar, sentada em uma cadeira em Jundiapeba, distrito de Mogi das Cruzes, cidade que escolheu para morar há cerca de 30 anos. O segredo para a longevidade, segundo ela, é o velho cachimbo que costuma fumar todos os dias, desde a juventude.

Ainda muito jovem, Rosa lembra que trabalhava na roça na cidade de São Raimundo Nonato, no interior do Piauí. Foi lá também que aprendeu a fumar cachimbo. Mulher de poucas palavras, ela solta uma frase um pouco mais comprida quando se recorda da vida que levava antigamente. “Toda a minha vida foi trabalhar na roça. É capinar, plantar... Eu botava a enxadinha nas costas, o cachimbo na boca e ia para roça”, confessa aos risos.
Em seu RG, está marcada a data do nascimento de 8 de agosto de 1911. Dona Rosa era jovem na primeira Copa do Mundo, em 1930. De lá para cá já foram 20 edições. Ela também assistiu o mundo entrar em guerra no ano de 1914, acompanhou as notícias da Segunda Guerra Mundial (1945), a Ditadura Militar no Brasil (1964 – 1985), as bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, entre tantos outros acontecimentos históricos.
Alice Batista de Souza é quem cuida de dona Rosa. Aos 61 anos, a filha também impressiona pela aparência jovem. Ela conta que a mãe tem o hábito de fumar o cachimbo até três vezes por dia. Além disso, dona Rosa também mantém outros hábitos: a senhora não dispensa uma “cachacinha” e evita tomar remédios. Quando fica doente, sua filha costuma a preparar um chá da semente de imburana, árvore típica do Piauí.
Parte da família veio para Mogi depois do falecimento do marido de Rosa, há 30 anos. “Filhos são nove, mas só cinco estão vivos. Quatro já morreram. Os netos e bisnetos eu não sei te contar. São uns aqui em São Paulo, outros em Brasília e no Piauí, mas cada filho dela teve uns 11 filhos, nove, oito. Só de neto deve ser mais de 60. Bisneto tem na faixa de uns 30 e tataraneto tem mais ou menos uns dez”, explica a filha.

Apesar da idade, ela ainda conserva a lucidez e não usa óculos. A idosa passa grande parte do dia descansando e não gosta de assistir televisão. Satisfação para dona Rosa é poder reunir a grande família que construiu. “Ela está querendo ir para o Piauí ver a família”, comenta Alice.
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

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